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O meu jacarandá

por ana, em 30.10.11



Ou tendo 56...

por ana, em 29.10.11
Muito embora Berta Young já tivesse completado trinta anos, mantinha ainda, por vezes, o desejo de correr e não andar (…)

(…) Que podia fazer uma mulher, mesmo tendo trinta anos, se, ao voltar da esquina da rua onde mora, é tomada subitamente de um inenarrável sentimento de felicidade – de felicidade absoluta!- como se, repentinamente, dentro dela um raio quente de sol começasse a incendiar-lhe o coração, espalhando minúsculas centelhas de lume por todo o seu corpo, dos bicos dos pés às pontas dos cabelos?

Oh! E pensar que não havia possibilidade de dar expressão a essa felicidade sem nome sem parecer-se louco ou embriagado! Que tola é a civilização! De que servirá possuir um corpo se temos de trazê-lo arrumado dentro de um estojo (…)?






Katherine Mansfield


Sublinho porque concordo

por ana, em 25.10.11
A propósito da estreia de "Le Secret de la Licorne" Steven Spielberg


Tintin em Hollywood

Estreia hoje em Guimarães, em "motion capture animation", um dos álbuns de Tintin, "O segredo do Licorne" e o meu coração de tintinófilo só não sangra de indignação porque já sangrou quanto, na matéria, tinha para sangrar com o "Winnie-the-Pooh" e a "Alice no país das maravilhas" da Disney.
Nem os produtores da Disney são Milne e Carroll nem Spielberg (que já anunciou que reincidirá a seguir com "O templo do Sol") é Hergé. Se "Winnie-the-Pooh" e "Alice no país das maravilhas" são obras radicalmente literárias, onde a lógica e a inocência linguística são pretexto para a mais absoluta e desconcertante liberdade da palavra (que oculta complexas organizações narrativas que não raro deixam à vista os seus próprios processos de construção), as aventuras de Tintin são tão estruturalmente BD que dificilmente poderão ser transportadas para um género como "spielberguiano", que "mostra tudo", pouco ou nenhum espaço deixando à imaginação, sem perderem o essencial e se sentirem em roupa alheia, desconfortavelmente apertada.
As obras de Hergé são "clássicos" no sentido que Ítalo Calvino dá à palavra: obras em que "toda a releitura é uma primeira leitura" e que "nunca acabam de dizer o que têm a dizer". Se acontecer (e receio bem que aconteça) com "O segredo do Licorne" o que aconteceu com outros filmes e séries de animação feitos a partir da obra de Hergé, quando surgir "The end" no ecrã, estará tudo dito.


António Reis

por ana, em 24.10.11
Para a Cat que, com este post, fez emergir do meu coração este belo poema:

Depois das 7
as montras são mais íntimas

A vergonha de não comprar
não existe
e a tristeza de não ter
é só nossa

E a luz torna mais belo
e mais útil
cada objecto



Chove

por ana, em 23.10.11
A chuva a cair na calçada; o vento na palmeira e no pinheiro fronteiriço à minha casa; o comboio esta manhã a ouvir-se como se a estação fosse já aqui. Tinha saudades destes sons e do silêncio que os acompanha.


A Blue preparando-se para dormir

por ana, em 22.10.11




...

por ana, em 20.10.11
Via Catarina no facebook

patient, e logo a seguir love





Dos pirilampos

por ana, em 19.10.11
NA NOITE

Neste jardim que rodeia, como esfera, a casa;
no lugar negro que envole o interior do espaço,
eu hoje posso comparar os pirilampos difusos
aos novos planetas de mil galáxias novas.

No, entanto, outrora, quando eu era criança
que saía, na noite, para ver as formas negras
entre ruídos vivos e os pequenos luzeiros,
aqui e além acesos e logo apagados,
eu já pensava nos astros, ao persegui-los.
E quando, no coração da casa eu olhava,
quieta e ofuscada, o frasco mirífico,
cheio de luzes presas para a minha noite,
eu via, como hoje, os astros
Fiana Hasse Pais Brandão, Obra Breve- Poesia Reunida, Assírio&alvim,2006


Namoros

por ana, em 16.10.11



Serviço Público - RTP2

por ana, em 15.10.11


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