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FELIZ NATAL

por ana, em 24.12.13


...

por ana, em 22.12.13

A corda bate certa, uma cadência ainda lenta, e a da frente, uma rapariguinha de uns onze anos, as pernas sólidas ainda sem finura no tornozelo, ágil, balança o corpo a fazer-se ao ritmo, à entrada na elipse translúcida e semovente que a corda desenha no ar. O mesmo movimento e tensão percorre a fieira de crianças que se apoiam na frente, mimando já a projecção do corpo para diante e preparando os músculos para a passagem pelo ponto onde a corda bate, uma só vez. O vaivém das crianças em torno ao ponto ao único momento possível de salto, uma criança para cada golpe de corda na terra batida, perfaz um perfeito oito contínuo, só quebrado pelo corte do ritmo, a corda emabaraçada nas pernas, achicotada. Depois tudo recomeça, mais rápido o ritmo, a fieira mais escassa. Algumas gritam para a da frente, para a de trás, e os seus gritos submergem-se nos outros sons do espaço, gritos de outras crianças que se chamam ou insultam,ou nomeiam aos gritos pelo puro prazer de gritar __


Ó Iza salta
Ó coisinha não empurres
Geeena aaanda ___



Maria Velho da Costa, Lúcialima, edições O Jornal, Abril 1983


...

por ana, em 14.12.13


Aniversário de Manoel Oliveira

por ana, em 11.12.13

Aniki Béb
Aniki Bóbó
Passarinho Tótó
Berimbau
Cavaquinho
Salomão
Sacristão
Tu és polícia
Tu és ladrão

 

Eu não quero ser ladrão
Berimbau-tau-tau
Tenho medo da prisão
Aniki Bébé
Aniki Bóbó
Passarinho Tótó
Berimbau
Cavaquinho
Salomão
Sacristão
Tu és polícia
Eu sou ladrão.

 

"Quase três quartos de século depois, Aniki-Bóbó mantém a espontaneidade e a ingenuidade iniciais. Ou talvez, hoje, tanto tempo e tanto filmes passados, essa espontaneidade e essa ingenuidade sejam ainda maiores do que há 70 anos. Mais evidentes são, com certeza. Como escreveu (também com alguma ingenuidade) Alves Costa, e independentemente do que a poesia seja, «depois de Aniki-B+obó o cinema português nunca mais teve poesia»"
Manuel António Pina


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por ana, em 07.12.13

"Une femme qui se croit intelligente réclame les mêmes droits que l'homme. Une femme intelligente y renonce."
Colette

Gosto , sobretudo, dos dias de muito sol com frio (os que têm sido); têm uma luminosidade e um colorido maravilhosos. As árvores estão lindas e as ruas convidam-nos a arrastar os pés entre as folhas.

 


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