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"sou muito optimista! Não acredito em nada mas faço como se acreditasse e ajo como se acreditasse" João dos Santos
SOPHIA
Há uma cerimónia de jardim quedo. Há uma justiça de não tocar as pétalas com os dedos, de envolver as duas próprias mortes em sudário desdobrado de antiquíssimas gavetas onde a poeira tornou a esterilidade limpa de cinzas. Há todo e todo o branco suportado. E ainda o menineiro jogo dos pequenos dizeres sobre pedras e conchas irmanadas. E mais, de primazia silente - a estranheza do corpo não ficado á luz, do estropiado de tudo, da consciência, da inútil proliferação de tudo, face à singeleza do fio das águas, das estátuas.
Pode conhecer-se aí a rosa náutica, o translúcido canto dos naufrágios.
in Cravo