O silenciar nem sempre é calar. Há um calar que é voluntário e a pessoa sabe que está calada. E há um silenciar que é assim uma espécie de vácuo, de um sentimento vago que a pessoas não sabe bem o que é nem de que se trata, e portanto silencia. (...)
(...) é realmente preciso ter uma certa disponibilidade para estar calado com sinceridade, com franqueza. (...) A experiência do silêncio, da solidão é decisiva na vida de qualquer pessoa.
João dos Santos, Eu agora quero-me ir embora - Conversas com João Sousa Monteiro, Assírio Alvim, Lisboa 1990