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Hélas!

por ana, em 26.11.07
Os meus 21 dias serão repetidos até ao fim dos dias da minha vida.

post dedicado

Ler à Sexta-feira, no Meia Hora(um dos jormais de distribuição gratuita tendo como director Sérgio H. Coimbra), a crónica de Maria Filomena Mónica

Ontem:

" A vantagem de se desconhecer uma parte da árvore genealógica consiste em que a podemos imaginar diferente da que realmente foi, permitimo-nos adoptar a família que nos apetecer. Sabendo apenas que o meu avô materno era minho, sonho com os antepassados que gostaria de ter tido. Deixando de lado verosimilhanças sociológicas, imagino-me herdeira das personagens que povoam as crónicas de António Sousa Homem no Diário de Notícias.
Passei a comprar aquele jornal desde o dia em que ele começou a escrever no suplemento de sábado, admirando- me que as refundações do mesmo o não tenham afastado, porque forçoso é reconhecer, não deve ter uitos leitores. Nunca vi incluído em lista de frases, nem notei ser a sua prosa louvada pelos cristãos. Mas não é só o seu estilo que me atrai, mas o quotidiano gentleman de Moledo do Minho, à sombra tutelar de sua mãe, que o educou para suportar desgostos e desconsiderações, e do velho doutor Homem, seu pai, que se comportava como um poeta satírico cujo propósito era rir dos românticos. Este mundo de sombras interessa-me mais do que os amores do Dr. Luís Filipe Menezes, o jogging do Engº Sócrates ou as intrigas de Belém. Há dias estando a pensar na poesia de Cesário Verde, ri-me ao ler, numa das suas crónicas que o seu pai "costumava dizer que a choraminguice portuguesa tinha sido transformada em lei pelo constitucionalismo e pelos liberais que tanto assinavam decretos como nos puniam com sonetos". Como ele considero que o lado emocional da vida é coisa para consumo moderado; como ele não tenho fé; como ele, penso que o género humano é um mistério. Agora que as chuvas chegaram, dei igualmente comigo a cismar pelo Inverno. Se calhar a esquerda e a direita não é tão importante como isso."


Música

por ana, em 18.11.07



Conhece este LP? Julgo que não está reeditado em CD...infelizmente


Ler um livro(2)

por ana, em 18.11.07
aqui:

Este:


mas, como está s ser relido lá para as bandas da Ribeira da Raposa (outro belo lugar para ler um livro), escolho este:

"Sofia era insensata: com frequência fazia tolices sem pensar.


Veja-se o que um dia lhe aconteceu.


A sua Mãe tinha uns peixinhos pouco maiores do que um alfinete e pouco mais grossos do que a cana de uma pena de pombo. (...) Todas as manhãs, a Senhora de Réan dava pão aos seus peixinhos. Sofia divertia-se a vê-los atirarem-se às migalhas e disputá-las uns aos outros. (..)
(...) Numa dada manhã, Sofia brincava aos jantarinhos. A Ama dera-lhe pão e amendoas, que ela cortara em bocadinhos e tirinhas respectivamente, e umas folhas de alface. Sofia pediu ainda azeite e vinagre para fazer uma salada.
Não respondeu a ama - prefiro dar-lhe sal; azeite e vinagre não dou, porque pode sujar o vestido.
Sofia deitou o sal na salada e sobrou-lhe bastante.
Se houvesse qualquer coisa para salgar! disse para si mesma - Não posso salgar o pão. Precisava de carne ou peixe...Oh! tenho uma ideia! Vou salgar os peixinhos da minha Mãe. Com a minha faca posso cortar alguns em postas e outros salgo inteiros. Vai ser divertido! Que bonito vai ficar o prato! (...)
Condessa de Ségur, Os desastres de Sofia, artemágica, Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, Lisboa 2004.


Ler um livro

por ana, em 15.11.07
aqui:

Jardim de Oeiras
"Toda a fadiga inresignada á audácia possível, fulminante."
Maria Velho da Costa, da rosa fixa, moraes editores, círculo de prosa, Dezembro de 1978


Pessoas doces

por ana, em 14.11.07
A Carla Hilário Quevedo escreveu no Sol, um artigo elogiando a doçura (que transceveu no blog). Destaco: "Muitas vezes pessoas doces passam erradamente por tolas, distraídas ou infelizes"

Claro que sim! Há poucos a entender que a doçura nada mais é do que o encantamento da dádiva oxigenada e tranquila.

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Educação sentimental(2)

por ana, em 13.11.07
MY FAIRY

I have a fairy by my side
Wich says I must not sleep,
When once in pain I loudly cried
It said "you must not weep".

If, full of mirth, I smile and grin,
It says "you must not laugh";
When once I wished t drinksome gin
It said "you must not quaff".

When once a meal I wished to taste
It said "you nust not bite";
When To the wars I went in haste
It said "you must not fight"

"what my I do" at length I cried
Tired of the painfultask.
The fairy quit replied,
And say "You must not ask"

Moral: "you mustn't"

Lewis Carol. The Complet Stories and Poms of Lewis Carrol, Geddes & Grosset,2005


Educação Sentimental

por ana, em 12.11.07
As mulheres da minha geração foram educadas a fazerem-se "caras". Não devíamos mostrar interesse; dizer não ao 1º convite; dizer vou pensar, não tomar a iniciativa de dizer quero-te. Raios partam os homens que, por muito progressistas que se digam, ainda preferem as mulheres que não se expressam.


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